Matar em combate: o contexto importa mais que o ato em si

2025-04-18
Matar em combate: o contexto importa mais que o ato em si

Um estudo em larga escala com soldados noruegueses desafia a crença comum de que matar inevitavelmente prejudica a saúde mental de um soldado. Os pesquisadores compararam dois grupos: soldados enviados ao Afeganistão em missões de combate e aqueles que serviram como peacekeepers no Líbano. O estudo descobriu que os peacekeepers que haviam matado alguém apresentaram taxas mais altas de TEPT, depressão, ansiedade e uso de álcool, e menor qualidade de vida, em comparação com aqueles que não haviam matado. No entanto, nenhuma diferença foi encontrada entre os soldados de combate. O estudo conclui que o contexto que envolve o ato de matar, em vez do ato em si, afeta significativamente o bem-estar mental. A diferença provavelmente decorre dos distintos objetivos da missão e regras de engajamento entre operações de combate e manutenção da paz. As descobertas destacam a necessidade de suporte psicológico e treinamento específicos para o contexto para soldados, a fim de minimizar potenciais danos psicológicos.

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Delírios: Uma Perspectiva Mais Ampla e Culturalmente Informada

2025-04-12
Delírios: Uma Perspectiva Mais Ampla e Culturalmente Informada

Um novo estudo no Schizophrenia Bulletin desafia as compreensões convencionais de delírios, revelando uma gama muito mais diversa de temas delirantes do que reconhecido anteriormente. Analisando 155 estudos (173.920 participantes), os pesquisadores identificaram 37 temas distintos, destacando variações culturais significativas. Por exemplo, delírios de ciúme eram mais prevalentes na Ásia Meridional, enquanto delírios de culpa/pecado eram mais comuns na Europa Oriental. O estudo também enfatiza a forte ligação entre o conteúdo delirante e os relacionamentos interpessoais, e desafia suposições diagnósticas existentes. As descobertas sublinham a necessidade de uma abordagem mais matizada, individualizada e culturalmente informada para o tratamento de psicoses, indo além das estruturas diagnósticas rígidas.

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Poluição do ar durante a gravidez ligada ao aumento do risco de depressão pós-parto

2025-03-28
Poluição do ar durante a gravidez ligada ao aumento do risco de depressão pós-parto

Um novo estudo revela uma ligação significativa entre a exposição a altos níveis de dióxido de nitrogênio (NO2) e matéria particulada PM10 durante a gravidez e um aumento do risco de depressão pós-parto. Pesquisadores da Universidade da Califórnia acompanharam 361 mulheres de baixa renda, hispânicas/latinas, em Los Angeles, por três anos. Mulheres expostas a altos níveis de NO2 ou PM10 durante o segundo trimestre de gravidez tiveram quase quatro vezes mais probabilidade de desenvolver depressão pós-parto em comparação com aquelas com menor exposição. O estudo destaca a importância de reduzir a exposição à poluição do ar durante a gravidez, especialmente durante o segundo trimestre, e destaca a necessidade de mitigar as emissões de tráfego.

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Paciência: Um Mecanismo de Enfrentamento, Não Uma Virtude?

2025-03-28
Paciência: Um Mecanismo de Enfrentamento, Não Uma Virtude?

Um novo estudo sugere que a paciência não é uma virtude, mas sim um mecanismo de enfrentamento para frustrações cotidianas. Os pesquisadores realizaram três experimentos que revelaram três gatilhos principais para a impaciência: situações desagradáveis prolongadas, a importância da meta e a culpa percebida. No entanto, as diferenças individuais, como impulsividade, consciência emocional, flexibilidade e amabilidade, impactam significativamente a capacidade de uma pessoa de lidar com a impaciência. Esta pesquisa oferece uma nova perspectiva sobre a paciência, sugerindo que é uma estratégia para lidar com a frustração, não um traço de personalidade inerente.

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Percepção errônea do que o sexo oposto considera atraente leva a problemas de imagem corporal

2025-02-23
Percepção errônea do que o sexo oposto considera atraente leva a problemas de imagem corporal

Um novo estudo revela que homens e mulheres superestimam a preferência do sexo oposto por características de gênero exageradas. Os participantes criaram rostos que acreditavam que o sexo oposto acharia atraentes, revelando que os homens superestimaram a preferência das mulheres por masculinidade e as mulheres superestimaram a preferência dos homens por feminilidade. Essa percepção errada contribui para a insatisfação com a imagem corporal. Quanto maior a discrepância entre a percepção de si mesmo e o eu ideal, maior a insatisfação. Isso sugere que julgar erroneamente as preferências dos outros não apenas distorce nossa visão de parceiros em potencial, mas também distorce a autoimagem, potencialmente levando a comportamentos negativos como uso de esteroides ou transtornos alimentares. Pesquisas futuras devem explorar essas consequências.

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