Nanoplásticos Desestabilizam o Microambiente Intestinal: Desvendando os Mecanismos do Desequilíbrio da Microbiota

Este estudo revela que nanoplásticos (NPs) desestabilizam o microambiente intestinal por meio de interações complexas entre hospedeiro e microrganismos. Os NPs se acumulam no ceco, fígado, intestino delgado e cólon, persistindo por até 48 horas. A exposição crônica a NPs leva ao aumento do peso corporal em camundongos, sem danos significativos ao fígado. No entanto, os NPs reduzem a expressão de proteínas de junção de oclusão (ZO-1 e occludinas), aumentando a permeabilidade intestinal e alterando a composição da microbiota intestinal. Investigações adicionais revelam que os NPs modulam microRNAs intestinais, suprimindo a expressão da mucina MUC-13 e afetando a abundância de bactérias específicas (por exemplo, Lachnospiraceae e Ruminococcaceae). Notavelmente, os NPs ingeridos por Lachnospiraceae levam suas vesículas extracelulares (EVs) a suprimir a MUC-13; simultaneamente, EVs derivados de células caliciformes modificadas por NPs promovem a proliferação de Ruminococcaceae, causando, em última análise, disbiose intestinal e comprometimento da função da barreira intestinal. Este estudo destaca os potenciais riscos de longo prazo da exposição a NPs para a saúde intestinal e enfatiza o papel crucial das interações entre hospedeiro e microrganismos.