Guerras Culturais: A Nova Falha na Política

2025-05-13
Guerras Culturais: A Nova Falha na Política

Um novo estudo de Gennaioli e Tabellini desafia a compreensão tradicional da polarização política baseada em classes. Eles argumentam que as divisões políticas são cada vez mais impulsionadas por identidades culturais, não por interesses econômicos. As pessoas escolhem identidades com base em conflitos sociais prevalecentes; questões econômicas destacam as divisões de classe, enquanto questões culturais (imigração, moralidade) criam grupos culturais opostos. Os partidos políticos exploram isso, investindo em propaganda baseada na identidade para amplificar estereótipos culturais e radicalizar posições. Uma pesquisa com cidadãos americanos apoia isso, mostrando que a identidade cultural, e não o status econômico, dita as opiniões sobre bem-estar, impostos, etc. O "choque da China" fornece evidências empíricas, mostrando que em áreas economicamente impactadas, eleitores culturalmente conservadores reduziram o apoio à redistribuição e aumentaram o sentimento anti-imigração. Essa mudança explica a ascensão do populismo de direita, apesar da crescente desigualdade. O foco da esquerda apenas na desigualdade ignora a poderosa influência da identidade cultural, levando a perdas eleitorais.

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Prevendo o próximo Papa: Uma análise de rede do poder do Vaticano

2025-05-09
Prevendo o próximo Papa: Uma análise de rede do poder do Vaticano

Pesquisadores da Universidade Bocconi usaram a análise de rede social para criar o primeiro mapa da rede de cardeais do Vaticano, com o objetivo de prever o próximo Papa. A pesquisa, baseada nos cargos oficiais dos cardeais, linhas de consagração e relacionamentos informais, definiu três métricas principais: 'status', 'controle de informações' e 'capacidade de construção de coalizões', também incorporando a idade. A análise revela figuras centrais na rede, com cardeais 'liberal-moderados' mostrando proeminência significativa. Geograficamente, a Europa e a América do Sul permanecem influentes, mas a Ásia e a África estão se tornando cada vez mais estratégicas. Este estudo oferece uma nova perspectiva sobre as complexas dinâmicas de poder por trás das eleições papais, mostrando o potencial dos métodos de ciências sociais em contextos religiosos aparentemente opacos.

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