Este extenso artigo mergulha no mito sumério da descida de Inanna (Ishtar em acadiano) ao submundo. Inanna, buscando expandir seu poder, viaja para desafiar sua irmã, Ereshkigal, a 'Rainha dos Mortos'. Após ser despojada de suas ornamentações, Inanna perece e seu cadáver é pendurado em um gancho. O deus Enki intervém indiretamente, restaurando Inanna à vida. No entanto, seu retorno exige um sacrifício humano; ela escolhe seu consorte, Dumuzi, que então é levado ao submundo. A irmã de Dumuzi, Geshtinanna, suplica por sua libertação, resultando em um acordo: ele passa parte do ano no submundo, com sua irmã assumindo seu lugar pelo restante do tempo. O mito existe em versões suméria e acadiana, esta última descoberta e traduzida na década de 1860, a primeira meticulosamente reconstruída no século XX. A história oferece ricas perspectivas sobre a cultura mesopotâmica, influenciando civilizações posteriores e inspirando interpretações na psicanálise. O artigo explora a narrativa complexa, os personagens principais (Inanna/Ishtar, Ereshkigal, Enki, Dumuzi, Geshtinanna) e as várias interpretações ao longo da história, desde seu papel na compreensão dos ciclos sazonais até seu uso na análise psicológica.